O texto abaixo é a transcrição dos principais pontos comentados na mentoria do último dia 24/08/25. Clique aqui para assistir 

Cenário Global e Brasil

Nos Estados Unidos, os resultados trimestrais seguem no radar dos investidores. 

De forma geral, as companhias apresentaram números positivos, mesmo quando vieram abaixo das expectativas — nada que fugisse do controle. 

Ainda assim, o mercado mostrou reações exageradas, com algumas ações disparando e outras caindo de forma abrupta.

No Brasil, o juro futuro da B3 voltou a sinalizar espaço para cortes mais à frente, atualmente em torno de 13,9%, após ter chegado a 16% no ano passado. 

A inflação segue alta, mas com sinais de acomodação; o dólar permanece mais comportado; petróleo em queda e crescimento baixo reforçam esse movimento. Juros menores, nesse contexto, são positivos para bolsa, títulos prefixados e empresas mais alavancadas.

Indicadores do Mercado

Apesar da turbulência, 2025 segue positivo: Ibovespa +14,7%, IDIV +13%, SMLL +21,1%, IFIX +9,7%, Bitcoin +7,1% e CDI +8,5%. Já o S&P 500 em reais acumula queda de -3%, refletindo a desvalorização do dólar frente ao real, mesmo com o índice em alta em dólares.

Empresas em Destaque – Quedas

• Oncoclínicas (ONCO3): queda de -38% após resultados fracos. O endividamento elevado e a geração de caixa pressionada seguem como desafios.
• Aliansce Sonae (ALSO3): -8,8% na semana. Apesar da boa presença no varejo e distribuição, ainda enfrenta custos elevados e desafios de rentabilidade.
• Tecnisa (TCSA3): recuou -7,9%. O histórico de prejuízos recorrentes desde 2016 mantém o papel fora do nosso radar, em um setor de construção altamente competitivo.
• Simpar (SIMH3): -5,7%. Apesar de crescimento operacional, a alavancagem e os custos financeiros elevados limitam atratividade.
• BR Properties (BRPR3): -3,7%. Segue em reestruturação de portfólio, mas ainda com baixa geração de valor para o acionista.

Empresas em Destaque – Altas

• Minerva (BEEF3): +17% na semana, impulsionada pela melhora de fundamentos e perspectivas de exportação. A companhia reduziu alavancagem e está em situação financeira melhor que no passado.
• Banco Mercantil (BMEB3/4): +13% nas ações ordinárias, reflexo de baixa liquidez. Estruturalmente, segue como destaque do setor financeiro, com crescimento robusto e bons dividendos.
• C&A (CEAB3): +9,3%. Setor de vestuário mostra recuperação, com aumento de vendas em mesmas lojas e ganho de market share frente a concorrentes menores.
• Raia Drogasil (RADL3): +6,8%. Forte resultado no 2T25 reforça sua liderança no varejo farmacêutico, com gestão diferenciada.
• Unipar (UNIP6): +6,7%. Aproveitou fraqueza da Braskem para ganhar mercado em PVC, cloro e soda. A possível venda de ativos da Braskem pode abrir novas oportunidades para a companhia.

Empresas em Evidência

• Banco do Brasil (BBAS3): reduziu payout de dividendos para 30% após resultados fracos. Lucro segue pressionado e a perspectiva de recuperação é incerta. Mantemos visão negativa frente a alternativas mais atrativas no setor financeiro.
• Suzano (SUZB3): anunciou novos aumentos nos preços de celulose em diferentes mercados. Receita dos últimos 12 meses já supera R$ 51 bi, forte evolução frente a 2011. Menor capex tende a reforçar geração de caixa e dividendos.
• Meta (META): firmou acordo estimado em US$ 10 bilhões com o Google Cloud ao longo de seis anos para ampliar infraestrutura de inteligência artificial. O contrato deve acelerar a adoção de IA em seus produtos (WhatsApp, Instagram e Facebook) e otimizar custos de capex, reforçando sua posição entre as líderes do setor.

Considerações Finais

O mercado continua exigindo cautela. Crises políticas, tarifárias e incertezas macroeconômicas geram ruído, mas não alteram os fundamentos de longo prazo. Juros em queda abrem espaço para valorização de ativos, mas exigem seleção criteriosa: empresas sólidas e setores em crescimento seguem como foco.

Enquanto isso, grandes bancos estatais continuam enfrentando desafios estruturais, enquanto companhias como Suzano, Mercantil, Raia Drogasil e Unipar apresentam fundamentos consistentes. A disciplina e a diversificação seguem como os principais diferenciais para atravessar a volatilidade e capturar boas oportunidades. 

Análise da Capitalizo

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Complemento Estratégico

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