O texto abaixo é a transcrição dos principais pontos comentados na mentoria do último dia 19/08/25. Clique aqui para assistir
No mercado financeiro, não basta ter conhecimento técnico.
O fator psicológico é determinante para o sucesso no longo prazo. Muitos investidores entram na Bolsa acreditando que só terão ganhos, sem considerar que perdas — mesmo que momentâneas — fazem parte natural do processo.
Assim como na vida pessoal e profissional, onde perdas são inevitáveis, no mercado de ações também haverá períodos de queda.
O problema é que boa parte dos investidores ignora essa realidade e se surpreende quando vê o patrimônio recuar, muitas vezes reagindo com medo, ansiedade e decisões precipitadas.
Um exemplo típico é o de investidores que compram uma ação acreditando apenas no movimento de alta, mas, quando o preço cai, entram em desespero. É importante entender que toda ação terá fases de valorização e desvalorização.
O investidor não deve esperar ser “agraciado” e nunca perder dinheiro, porque isso simplesmente não existe. O verdadeiro diferencial está em saber lidar com os períodos de queda.
Outro ponto recorrente é a confusão em relação ao tempo. Muitos perguntam: “O que é longo prazo?”.
A resposta é simples: longo prazo é tudo que não é curto prazo. O investidor precisa colocar em ações apenas aquele dinheiro que não fará falta no curto prazo, entendendo que em determinados momentos uma ação pode cair 50% ou mais, ficar anos lateralizada ou até mesmo em queda.
Ter essa consciência antes de investir evita frustrações.
O erro mais comum é comparar Bolsa com renda fixa. Enquanto a renda fixa oferece consistência, a Bolsa é variável por natureza.
É normal que uma ação fique três ou quatro anos em queda, assim como também é normal que volte a subir depois. Por isso, o investidor deve definir previamente qual percentual do seu capital será destinado à renda variável, ajustando a exposição de acordo com sua tolerância ao risco.
Diversificação também é essencial. Quando um investidor se concentra em apenas um ativo e ele cai, a percepção é de que “nada dá certo” e todo o mercado está contra ele.
Na prática, o problema está na falta de uma carteira equilibrada. Um portfólio diversificado permite que quedas em determinados ativos sejam compensadas por ganhos em outros, suavizando a volatilidade.
Um bom exemplo é a carteira de dividendos da Capitalizo, que desde 2017 vem apresentando desempenho expressivo frente aos principais índices da Bolsa. Mesmo assim, dentro dessa mesma carteira, existem ações que caíram mais de 70% desde a recomendação inicial.
Em contrapartida, outras valorizaram mais de 500%, tornando-se importantes pagadoras de dividendos. Isso mostra como o equilíbrio da carteira, e não a performance isolada de uma ação, é o que realmente gera resultado no longo prazo.
Portanto, o investidor deve se acostumar com perdas. O objetivo não é vencer todas as batalhas, mas sim ganhar a guerra.
Uma estratégia bem definida, baseada em diversificação, visão de longo prazo e disciplina, é o que garante consistência nos resultados.
No fim, não existe mercado ruim para quem tem uma boa estratégia de investimentos.
Análise da Capitalizo
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