O mês de outubro segue movimentado, com vários papéis apresentando forte volatilidade e notícias relevantes.
A semana trouxe dados econômicos positivos, como o IPCA-15 abaixo do esperado, reforçando a perspectiva de manutenção dos juros no curto prazo e eventual sinalização de corte para o início de 2026.
Lá fora, os Estados Unidos continuam com inflação controlada, o que mantém a expectativa de novos cortes de juros pelo Fed, sustentando um cenário mais ameno para ativos de risco.
Enquanto isso, o Ibovespa segue firme em tendência de alta, acumulando +22% no ano, com o índice de small caps se destacando (+27%).
O S&P 500 em reais caminha para novas máximas, refletindo a valorização do mercado americano. Já o ouro segue como o grande destaque de 2025, com +37,5% de alta em reais.
Após o pedido de recuperação judicial, as ações da Ambipar acumulam queda de 96% em outubro.
Mesmo com eventuais repiques especulativos, o cenário permanece altamente arriscado.
Não recomendamos qualquer tipo de exposição à empresa neste momento, pois a perda de fundamentos é clara e irreversível no curto prazo.
A Brava sofreu com uma sequência de notícias negativas, como mudanças na diretoria financeira e paradas operacionais em alguns campos, o que trouxe pressão sobre os papéis — queda de 20% no mês.
Ainda assim, a empresa mantém fundamentos sólidos, e a ação é considerada barata após as recentes correções. Não faz sentido vender BRAV3 neste patamar.
Mesmo com queda de 14% no mês, a Aura Minerals segue como um dos grandes destaques do ano, acumulando +130% em 2025 e mais de +450% desde 2024.
A correção recente está ligada à queda do ouro, mas nada muda na tese de longo prazo. A empresa gera caixa de forma consistente e deve pagar dividendos expressivos.
Apesar de contabilmente apresentar prejuízo por conta dos hedges cambiais, a operação permanece forte. A Aura acabou se tornando uma espécie de hedge natural em momentos de instabilidade global.
As duas varejistas voltaram a subir após o anúncio da parceria entre Casas Bahia e Mercado Livre, que permitirá a venda de produtos da rede no marketplace da gigante argentina.
O movimento gerou euforia de curto prazo, mas a tese estrutural não muda: o varejo físico continua pressionando margens e limitando o potencial de crescimento.
A parceria pode melhorar a operação de Casas Bahia, mas a chance de virada estrutural é pequena. A recomendação permanece de cautela com o setor.
O Fleury vem sendo pressionado após rebaixamentos de recomendação por parte de bancos como JP Morgan e Morgan Stanley, motivados pela indefinição sobre uma possível fusão com a Rede D’Or.
Embora a operação seja complexa e ainda sem desfecho, o Fleury é uma excelente empresa, com boa execução e integração bem-sucedida com o Hermes Pardini.
A tese de longo prazo segue intacta.
As ações da Companhia Brasileira de Alumínio dispararam mais de 50% em outubro, impulsionadas por especulações sobre uma possível venda ou fechamento de capital.
Mesmo sem confirmação oficial, o mercado passou a enxergar desconto excessivo nos papéis, considerando que a empresa hoje é operacionalmente mais eficiente do que há três anos.
A CBA segue sendo uma empresa barata e bem posicionada dentro do setor de alumínio.
A Desktop começou a semana sob pressão após a Anatel apontar riscos concorrenciais em uma eventual aquisição pela Claro, mas o entendimento é que a aprovação deve ocorrer sem grandes restrições.
Há forte expectativa de que a empresa seja negociada ou incorporada em algum momento, já que o setor passa por consolidação.
Diante disso, a recomendação segue em manter as ações.
A Usiminas apresentou bons resultados operacionais no trimestre, com margens em recuperação e geração de caixa sólida, apesar de registrar prejuízo contábil de R$ 3,5 bilhões por fatores não recorrentes.
A empresa segue desalavancada, o que a diferencia da CSN, e se beneficia de custos mais baixos e estabilidade operacional.
Mesmo assim, o setor enfrenta pressão com importações chinesas, o que limita o potencial de valorização no curto prazo.
A WEG segue como exemplo de consistência e qualidade.
Os resultados continuam fortes, com crescimento de receita e lucro, ROIC acima de 30% e endividamento líquido negativo.
A empresa expande sua atuação global e investe em novas linhas ligadas à eficiência energética e automação industrial.
A correção nas ações é vista como movimento natural de curto prazo, sem alteração de fundamentos.
A Log-In, empresa de cabotagem originada como spin-off da Vale, subiu mais de 11% no mês.
O mercado especula um possível fechamento de capital pela MSC, o que reforça a atratividade do setor.
Como já ocorreu com Santos Brasil e Wilson Sons, entendemos que a Log-In deve seguir o mesmo caminho, permanecendo barata e com forte apelo estratégico.
A Camil avança com alta de 11% em outubro, beneficiada por projeções de safra recorde de soja e milho para 2025/26, o que tende a reduzir custos de insumos.
A empresa mantém excelente gestão, margens estáveis e preço ainda descontado em relação ao histórico.
A expectativa é de recuperação gradual dos resultados nos próximos trimestres.
O conjunto das análises mostra um mercado equilibrado entre correções pontuais e boas oportunidades.
CBA, Romi, Aura, Weg, Log-In e Camil seguem como empresas com fundamentos sólidos e potencial de valorização, enquanto casos como Ambipar exigem distanciamento total.
O ponto principal é o mesmo de sempre: investir com racionalidade, foco em fundamentos e disciplina, sem se deixar levar por oscilações de curto prazo ou narrativas momentâneas.
Análise da Capitalizo
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