O texto abaixo é a transcrição dos principais pontos comentados na mentoria do último dia 09/09/25. Clique aqui para assistir
Brasil e Estados Unidos mostram sinais de desaceleração organizada. No Brasil, o PIB do 2º tri cresceu 0,4%, a produção industrial recuou em julho e a prévia da inflação (IPCA-15) veio em deflação.
Nos EUA, arrefecimento do mercado de trabalho e menor criação de vagas. O pano de fundo favorece cortes do Fed ainda em 2025 e, por aqui, uma sinalização de flexibilização em 2026.
As carteiras seguem desenhadas para funcionar em ambos os cenários: queda gradual de juros ou eventual reversão altista.
O episódio reacendeu o alerta sobre abrir mão de liquidez em renda fixa. Mesmo com FGC, o risco é o tempo de ressarcimento — há precedentes de espera de até um ano.
No secundário, muitos CDBs negociam com deságio de 10%–20%, inclusive papéis atrelados ao CDI. Resgatar com perda para manter em renda fixa pode exigir mais de um ano só para recompor o rombo.
A recomendação prática é: cotar a saída antecipada, medir urgência de caixa e, se coberto pelo FGC, tender a manter, evitando “rasgar” 10%–20% agora.
Apesar da volatilidade, 2025 segue positivo para os investidores. O Ibovespa acumula alta de 17,2% no ano, enquanto o índice de dividendos IDIV avança 15,9% e as small caps lideram com 25,0%.
O IFIX também mostra desempenho consistente, com ganho de 12,0% no ano. Já o CDI soma 9,3% no período.
No campo internacional, o S&P 500 em reais recua 1,4% no acumulado do ano, refletindo a forte queda de -12,0% do dólar frente ao real. O Bitcoin, por sua vez, praticamente zerou no ano, com leve ganho de 0,8%.
A tese permanece: demanda estrutural x oferta contida pela falta de capex das majors.
A Brava elevou produção a ~92 mil bpd (recorde), enquanto Prio teve percalços operacionais pontuais (Polvo, Tubarão Martelo, Peregrino) com normalização esperada — voltando acima de 100 mil bpd. Preço de tela segue lateral, múltiplos continuam baixos e o case segue previsível.
A companhia iniciou de forma gradual a frente de medicamentos com a aquisição de uma drogaria em SP.
É pequeno, mas estratégico: alta recorrência, sinergia logística e possibilidade de escalar via e-commerce.
A saúde financeira (dívida líquida negativa) permite atravessar ruídos macro e acelerar quando surgem oportunidades.
A empresa equilibra produção e monetização de terras. Após vendas relevantes, arrendou áreas e projeta +21% de produção em 25/26.
No pano de fundo, o agro brasileiro entrega recordes em milho e soja e maior relevância em destinos externos, sustentando também cadeias exportadoras e metal-mecânico.
Operações eficientes e com liderança setorial, porém com dívida elevada.
A entrada de um novo sócio em Raízen seria positiva: reduz necessidade de endividamento, evita diluição e acelera desalavancagem.
Ainda assim, o risco financeiro recomenda posição menor.
Decisão judicial nos EUA afastou a hipótese de separação forçada de Android/Chrome na Alphabet, impondo apenas restrições de exclusividade.
Some-se a isso receitas e lucros em alta, ROIC crescente e caixa líquido robusto.
O movimento respinga nas demais big techs — reforçando que o setor não depende de “euforia”, mas de negócios excepcionais que crescem com eficiência.
Mesmo com dólar fraco e S&P em reais negativo, a combinação Brasil + exterior manteve retornos próximos dos índices.
A estratégia global tende a perder menos nas quedas e capturar as altas com menor volatilidade. Em renda, FinFra continuam atrativos (desconto vs. VP e yield líquido mensal histórico entre 0,9% e 1,35%).
Na renda fixa listada, preferência atual por IB5M11 (IPCA longa, duration ~10 anos): carrega IPCA+ e se beneficia de quedas de juros via marcação a mercado.
Entrada de Apollo (A1MP34/ações lá fora), alvo de 2% a 3% da carteira.
A ideia é ampliar a “cesta” de serviços financeiros e alternativos de alta margem, compondo, na prática, um ETF setorial financeiro junto de ABCB, BMEB, BR Partners, Itaúsa, Inter, BBSE, Berkshire, Brookfield e IHS.
Crescimento estrutural do segmento e boa complementaridade de risco/retorno.
A maioria das carteiras já está bem distribuída entre Brasil e exterior, com realocações feitas preferencialmente via dividendos.
Em ações no Brasil, a exposição atual é uma das maiores desde 2020, com peso em exportadoras, metal-mecânico e cases de eficiência financeira.
No exterior, tecnologia de qualidade e plataformas de investimentos ancoram o portfólio.
O cenário base combina: 1) atividade global menos aquecida, 2) inflação comportada, 3) trajetória de queda de juros à frente.
A carteira está preparada para dois caminhos vencedores — juros cedendo ou um período mais neutro.
A disciplina com liquidez, a diversificação entre Brasil e exterior e a seleção de negócios excepcionais permanecem como os três pilares para continuar melhorando o retorno ajustado ao risco.
Análise da Capitalizo
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