Relatório da Mentoria Capitalizo Consultoria - 16/10/2025

Publicado em 17/10/2025

O texto abaixo é a transcrição dos principais pontos comentados na mentoria do último dia 16/10/25. Clique aqui para assistir  

Um dos principais aprendizados é manter uma postura racional e estruturada, independentemente das oscilações do mercado.


É comum que investidores tentem antecipar movimentos, ajustar portfólios com frequência ou buscar “a próxima grande oportunidade”.


No entanto, a experiência mostra que os maiores retornos vêm da disciplina, paciência e diversificação.


Também é essencial compreender o papel de cada classe de ativo dentro da carteira. Nem todo investimento precisa “bater o CDI” ou “ganhar do Ibovespa”. O foco deve estar em construir uma estrutura sólida e coerente, capaz de resistir a diferentes cenários econômicos.


Manter liquidez, optar por instrumentos simples e dar preferência a estratégias diretas — em que o investidor tem clareza sobre onde está aplicando — são pilares que continuam fazendo diferença no resultado de longo prazo.


BANCO DO BRASIL (BBAS3)


O cenário para o Banco do Brasil segue desafiador no longo prazo. O principal ponto de atenção está na estrutura operacional pesada e na concorrência crescente de bancos digitais e instituições financeiras mais enxutas.


Enquanto concorrentes como BTG e Inter operam com custos menores e maior eficiência, o Banco do Brasil enfrenta limitações estruturais que dificultam adaptações rápidas.


Essa diferença tende a pressionar rentabilidade e participação de mercado ao longo do tempo.


Em contrapartida, a BB Seguridade (BBSE3) mantém uma posição sólida. O modelo de negócio leve e a previsibilidade dos resultados reforçam seu papel como ativo de renda e estabilidade dentro de uma carteira diversificada.


CENÁRIO MACRO


O ambiente global de juros mais baixos tem influenciado diretamente a dinâmica dos mercados.


Apesar da correção recente nas bolsas, o Ibovespa ainda acumula alta de dois dígitos no ano, impulsionado pela recuperação gradual da confiança e por expectativas fiscais mais controladas.


O dólar recuou aproximadamente 12%, enquanto o Bitcoin atingiu novas máximas históricas, refletindo o otimismo com cortes adicionais de juros nas principais economias. Esse cenário tem favorecido ativos de risco e fortalecido setores ligados à economia real.


Mesmo com o câmbio mais fraco, as carteiras diversificadas seguem bem posicionadas, equilibrando exposição entre Brasil e exterior e priorizando empresas com qualidade operacional e geração de caixa consistente.


TRIBUTAÇÃO E MUDANÇAS NAS REGRAS


A proposta de tributação sobre dividendos avança no Senado e pode trazer impactos relevantes para diferentes perfis de investidores.


As possíveis alterações devem atingir tanto pessoas físicas quanto empresas que utilizam holdings para o recebimento de proventos.


A definição final do texto deve ocorrer nas próximas semanas. A recomendação é acompanhar com atenção e avaliar eventuais ajustes de estrutura ou alocação, especialmente no que diz respeito à eficiência tributária e ao uso de estratégias isentas.


FUNDOS IMOBILIÁRIOS: FUSÕES E AJUSTES


O mercado de fundos imobiliários atravessa um ciclo de consolidação positiva. A fusão entre RBRF11 e RBRX11 representa esse movimento, que busca ampliar eficiência e reduzir custos operacionais.


Ainda que o curto prazo possa trazer ajustes de preço, o processo tende a gerar benefícios claros ao cotista: fundos maiores, maior liquidez, poder de negociação e maior previsibilidade de resultados.


O prazo para atualização cadastral e envio de custo médio segue até o final de outubro, sem necessidade de pressa.


AURA MINERALS (AURA33): CONVERSÃO OPCIONAL


A Aura Minerals anunciou a possibilidade de conversão de BDRs em ações listadas nos Estados Unidos. O processo é opcional e pode envolver custos adicionais, além de complexidade tributária.


A manutenção da posição via BDRs continua sendo a alternativa mais prática e eficiente para investidores brasileiros.


A companhia permanece como um dos principais veículos de exposição ao ouro, combinando valuation atrativo, estrutura de capital conservadora e forte geração de caixa.


OURO E DIVERSIFICAÇÃO


O ouro renovou máximas históricas, superando US$ 4.300 por onça, sustentado pela demanda de bancos centrais, pela busca global por proteção e pelo crescimento do consumo na Ásia.


Embora o aumento do endividamento global gere debates sobre risco sistêmico, não há indícios de ruptura no curto prazo. A commodity preserva sua função como ativo de defesa e continua sendo uma das principais formas de proteção dentro de portfólios diversificados.


A Aura Minerals (AURA33) se destaca nesse contexto, oferecendo uma exposição indireta ao ouro com fundamentos sólidos e boa previsibilidade operacional.


TECNOLOGIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


As grandes companhias globais de tecnologia — Microsoft, Alphabet, Meta e TSMC — continuam entre os destaques do mercado internacional.


O avanço da inteligência artificial amplia a eficiência e a lucratividade do setor, reforçando a tendência de crescimento estrutural dessas empresas.


Apesar dos múltiplos mais elevados, as margens consistentes, o baixo risco operacional e a capacidade de reinvestimento sustentam o potencial de valorização no longo prazo. São ativos considerados estruturais em carteiras globais equilibradas.


FECHAMENTOS DE CAPITAL E OPORTUNIDADES


O movimento de fechamentos de capital deve continuar nos próximos meses. Empresas como Santos Brasil, Wilson Sons, Hidrovias do Brasil e Login despertam interesse de investidores estratégicos e fundos de private equity.


Esse processo reforça a percepção de que o mercado brasileiro ainda abriga companhias subavaliadas, com fundamentos robustos e forte potencial de valorização — especialmente para quem adota uma visão de longo prazo e mantém disciplina na execução.


COMPOSIÇÃO E ESTABILIDADE DAS CARTEIRAS


As carteiras equilibradas continuam apresentando estrutura sólida e fundamentos consistentes.


Mesmo em um cenário de câmbio mais volátil, a diversificação entre Brasil e exterior garante estabilidade de retornos e controle de riscos.


A preferência permanece em empresas de alta qualidade, boa governança e previsibilidade de caixa.


Alterações desnecessárias tendem a reduzir o desempenho agregado no longo prazo, reforçando a importância de consistência e paciência estratégica.


RENDA FIXA E ALTERNATIVAS DE JUROS REAIS


Na renda fixa, o destaque segue para o IB5M11, que remunera a IPCA +7,47%, patamar expressivo para quem busca ganho real de longo prazo.


Os Finfras continuam se destacando pelo benefício da isenção de IR e pela estabilidade dos fluxos de renda, enquanto LCIs, LCAs e Tesouro Selic seguem adequados para reservas e liquidez imediata.


A estratégia ideal combina prazos e indexadores, equilibrando proteção contra inflação e oportunidade em ciclos de juros mais baixos.


AÇÕES EM FOCO


Entre os principais destaques recentes:


    • Aura Minerals (AURA33): impulsionada pela alta do ouro e pela eficiência operacional.
    • Cosan (CSAN3): potencial de valorização com a entrada de BTG e Perfin e expectativa de desalavancagem.
    • Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3): complementares no setor de papel e celulose, com boas perspectivas de médio prazo.
    • Arezzo (ARZZ3): sólida no varejo de moda, mesmo com o desafio da integração da Soma.
    • Unipar (UNIP6): eficiência operacional, caixa robusto e bom histórico de dividendos.
    • Tupy (TUPY3): fundamentos equilibrados e margens sob controle, apesar da volatilidade.
    • Riosulense (RSUL4) e Pettenati (PTNT4): bons exemplos de empresas industriais e têxteis de nicho, com histórico consistente de resultados.


SETORES E SMALL CAPS


O mercado brasileiro ainda abriga um grupo relevante de “fake small caps” — companhias de médio porte com fundamentos sólidos e múltiplos atraentes, mas pouco exploradas por grandes investidores.


Empresas como Ferbasa, Marcopolo e Randon ilustram esse cenário. São negócios maduros, com bom histórico operacional e potencial expressivo de valorização ao longo dos próximos ciclos econômicos.


VISÃO SOBRE POLÍTICA E VOLATILIDADE


Eventos políticos, especialmente em períodos eleitorais, não devem pautar decisões de investimento.


O foco deve permanecer em setores resilientes e empresas independentes de políticas públicas para sustentar crescimento e rentabilidade.


Históricamente, investidores que mantêm estratégia orientada a fundamentos conseguem capturar retornos mais consistentes, mesmo em momentos de instabilidade.


QUALIDADE, DISCIPLINA E DIVERSIFICAÇÃO


A conjuntura atual reforça os três pilares essenciais de qualquer estratégia vencedora: qualidade, disciplina e diversificação.


O ambiente global de juros mais baixos, a inflação sob controle e a melhora gradual dos resultados corporativos formam um cenário positivo para quem investe com visão de longo prazo.


Manter-se posicionado em negócios sólidos, sem buscar atalhos, continua sendo a maneira mais eficiente de construir resultados sustentáveis ao longo do tempo.


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